Mãe criou vaquinha na internet para buscar recursos para tratamento.


(Foto: Indionara Steimbach/Arquivo pessoal) A mulher precisou abandonar o emprego para se dedicar integralmente aos cuidados da única filha. Ana depende de Indionara para tudo. “Desde o dia do acidente eu me afastei de tudo. Eu achei que a Ana acordaria. Mas agora ela precisa de mim o tempo inteiro. Antes éramos eu, ela e o Paulo. Agora somos nós duas em casa”, conta. “Não posso tirar os olhos dela”, acrescenta. Mãe faz campanha para pagar tratamento A renda de Indionara é formada pela pensão por morte do marido e pelo benefício concedido a ela pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), devido ao afastamento para cuidar da filha. O plano de saúde até cobre alguns atendimentos de fisioterapia e fonoaudiologia, mas ainda há muito a fazer, e os custos também são muitos. Ela reconhece melhoras no quadro da filha, mas entende que a situação ainda é delicada. “De lá pra cá a Ana demonstrou muitas melhoras. Pequenas, algumas sutis. Mas ela demonstra todos os dias que está conseguindo melhor para o lado, emitir um resmungo, ter mais percepção de algum barulho dentro de casa, um bracinho que se mexe de forma diferente”, detalha a mãe. “Hoje ela se enquadraria num estado semivegetativo. Às vezes ela se conecta ao mundo, às vezes não. Ela se enquadra em um estágio semiconsciente, digamos assim”, descreve. Para contribuir com os custos da recuperação da filha, a mãe organizou a campanha “Todos Somos Aninha”, com o objetivo de arrecadar fundos e arcar com o valor as despesas do tratamento, focado em um resgate tanto motor quanto cognitivo da menina. “A gente faz alguns eventos pra Ana, galetos, brechós, rifas. Mas como esse tratamento tem um custo altíssimo, ainda não conseguiria bancar. E por acreditar que a rede social atingiu um público muito maior, eu decidi tentar”, diz. A expectativa é angariar R$ 84 mil para realizar o Tratamento Intensivo do Protocolo de Pediasuit (PediaSuit). Ele consiste em uma série de fisioterapia intensiva composto de quatro horas de terapia por dia, de segunda a sexta, durante quatro semanas.

(Foto: Indionara Steimbach/Arquivo pessoal) A indicação médica é que Ana faça, na primeira fase, seis protocolos, como são chamadas as sessões de fisioterapia. É necessário que o procedimento seja realizado mês sim, mês não, pois é preciso uma pausa de 15 a 30 dias para que o organismo da menina absorva os estímulos. “A gente fez algumas sessões individuais, que o orçamento permitiu, e a gente viu respostas bem significativas dela. Tenho certeza que se ela for fazer todos os protocolos indicados, ela vai dar uma resposta muito positiva pra nós”, confia a mãe. Motorista responde em liberdade A Polícia Civil prendeu dois suspeitos do fato 26 dias após. Eram um empresário de Novo Hamburgo, no Vale do Sinos, e um funcionário dele. O veículo que colidiu com a moto era um Logan preto. Segundo a investigação, o automóvel havia sido furtado. Na época, o diretor da Divisão de Homicídios da Polícia Civil, delegado Carlo Butarelli, concluiu que o carro foi negociado com um dos sócios de uma revenda de veículos para pagar uma dívida entre os dois. No entanto, o antigo proprietário contratou o empregado para que ele recuperasse o carro, que foi furtado da garagem do dono. Em 28 de julho de 2015, o empresário foi preso em casa em Novo Hamburgo. Já o funcionário foi detido em Porto Alegre.

acidente (Foto: Divulgação/BM) O motorista do carro foi denunciado por homicídio e tentativa de homicídio. Conforme a denúncia assinada pelo promotor Jorge Alberto Alfaya, o homem, de 58 anos, trafegava com carteira de habilitação vencida. Além disso, diz o Ministério Público (MP), o condutor tem Mal de Parkinson, e não teria condições de dirigir, além de estar andando acima da velocidade permitida.

Sul de Porto Alegre (Foto: Divulgação/BM) Em audiência, no último dia 19 de julho, ele admitiu os fatos. Solto, ele vai responder em liberdade. O juiz entendeu que ele não oferecia mais riscos. Já o homem apontado pela polícia como mandante foi solto e não foi denunciado pelo MP, que entendeu não haver provas suficientes contra ele. “Ele ficou preso por quase um ano e no interrogatório confessou. O juiz determinou a soltura dele, que vai aguardar o fim do processo em liberdade. Agora o processo está na fase das alegações finais, mas ainda vai haver recursos”, explica ao G1 o advogado da família Neves, Paulo Dariva. “Considerando que ele ficou preso no período, acho foi uma tramitação ok”, avalia o defensor. A defesa do réu está a cargo da Defensoria Pública. Fonte: G1 RS (Rafaella Fraga).